Publicado em 11/09/2013

Em 2007, o documentarista Alex Gibney lançou Táxi para a escuridão, sobre a política de torturas do governo norte-americano no Afeganistão, no Iraque e na Bahia de Guantanamo, focado na história de um taxista afegão inocente que foi torturado e morto pelo exército dos EUA. O longa revelou ao mundo este cineasta e lhe rendeu o Oscar de melhor documentário – prêmio ao qual fora indicado com Enron: The Smartest Guys in the Room. Esse ano, Gibney volta com dois novos trabalhos, não menos fortes que seu filme mais celebrado.

Em Mea maxima culpa: Silêncio na casa de Deus, o diretor se volta para os escândalos sexuais da Igreja católica, que vem surgindo com cada vez mais frequência. Ele parte da história de quatro homens surdos que decidem se juntar para desmascarar Lawrence Murphy, o padre que abusou deles nos anos 1960. O caso desses quatro homens trouxe à tona o primeiro grande escândalo sexual na igreja, que saiu das ruas de uma pequena cidade de Wisconsin e chegou aos mais altos cargos do Vaticano. Descobriu-se depois que os abusos envolveram mais de 200 crianças, vítimas do padre Murphy.

Já em Roubamos segredos - A história do Wikileaks, Gibney se debruça sobre a trajetória de Julian Assange, desde seu surgimento em 1989 como um hacker até o momento atual, passando pela criação do WikiLeaks e por todas as reviravoltas políticas e econômicas causadas por vazamentos da rede. Assange não participou diretamente do filme, mas extenso material de arquivo de entrevistas através dos anos foi disponibilizados à produção. O filme é parte da mostra Tec: antes do mundo virtual, era a privacidade, novidades do Festival esse ano.



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