NOITE DE ABERTURA DO FESTIVAL DO RIO PROMOVE O REENCONTRO DO PÚBLICO COM A SALA DE CINEMA Sessão de "Madres paralelas" celebra a vida e a memória
Não haveria outra forma de ser. O Festival do Rio 2021 foi aberto na noite de quinta-feira, 9 de dezembro, no Cinépolis Lagoon, com agradecimentos emocionados antes da exibição de Madres paralelas. Inúmeros. Ilda Santiago, diretora executiva do Festival, começou seu discurso agradecendo ao público pela presença e ressaltando o enorme prazer de recebê-los de volta à sala de cinema. Foram meses difíceis, de pandemia, incertezas, falta de apoio e isolamento, mas o Festival do Rio finalmente voltou – seguindo todos os protocolos. O tom da noite era de celebração e, antecipando o tema que os espectadores encontrariam na nova obra de Pedro Almodóvar, Ilda aproveitou para falar de memória:
“A memória permite que a gente construa um futuro. Sem a memória de um passado, a gente não tem futuro, e é exatamente essa memória de grandes momentos do Festival do Rio que nos embalaram para que a gente pudesse fazer e entregar este Festival. As memórias de tantos e tantos parceiros e o tanto que a gente tem para celebrar nesta noite. Celebrarmos estarmos vivos, celebrarmos a existência da ciência e de cientistas tão dedicados que foram capazes de nos entregar uma vacina em tempo absolutamente recorde.”.
Walkiria Barbosa, diretora executiva do Festival ao lado de Ilda, na sequência prestou homenagens àqueles que perderam suas vidas durante a pandemia, especialmente os representantes do mundo artístico e o ator Paulo Gustavo. Seu discurso avançou dando destaque ao suporte governamental: “Quero fazer um agradecimento muito especial ao Eduardo Figueira, nosso presidente da Riofilme, que insistiu muito pra gente não desistir e fazermos o Festival; e ao nosso secretário [Marcelo] Calero, que é um homem da cultura antes de qualquer coisa.”, complementou ela, que também agradeceu à equipe.
Representando a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, o secretário de Governo e Integridade Pública, Marcelo Calero, assumiu o microfone e trouxe boas notícias para o futuro do setor audiovisual da capital fluminense.
“Este ano ficamos muito felizes de termos tido a oportunidade, com o prefeito Eduardo Paes, de lançarmos o programa de Retomada do Audiovisual. Foram mais de R$ 20 milhões investidos num edital próprio e, no ano que vem, já que hoje é um dia de celebração, nós já temos previsto no orçamento não apenas um novo edital da RioFilme, mas sem dúvida alguma aquele que vai ser o maior edital da história da RioFilme em termos de investimento público. E, para além disso, nós vamos passar a adotar mecanismos inovadores por meio da Rio Film Commission.”, compartilhou Calero.
Madres paralelas
Esta foi a segunda vez que um filme de Almodóvar foi escolhido para abrir o Festival do Rio e Ilda fez questão de agradecer à Netflix, por ter cedido o longa-metragem, e ao realizador.
Com isso foi dado o pontapé inicial em mais uma edição do evento cinematográfico mais aguardado da cidade, este ano numa versão mais concisa, mas preparado com a enorme dedicação de sempre e aguardado com a mesma empolgação. Viva o cinema e bom festival a todos!
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