Publicado em 10/10/2015

O CCJF exibiu na tarde de ontem (sexta, 9) os documentários LEVANTE!, que discorre sobre a utilização da tecnologia durante algumas manifestações pelo mundo, e A marcha dos elefantes brancos, que esmiúça os problemas sociais e urbanísticos trazidos pela Copa do Mundo de 2014. Mediado pela jornalista Vik Birkbek, este, que foi o segundo bate-papo em torno dos dois filmes, contou com a presença de membros da equipe técnica de ambos os médias-metragens.

Débora Garcia, gerente de produção do canal Futura e produtora de LEVANTE!, elogiou o ineditismo da proposta da narrativa, que enfoca o papel primordial exercido pela tecnologia em propagar informações durante diferentes manifestações. Garcia também explicou a forma como o filme foi produzido: orquestrado no Brasil em um processo de crowdsourcing que contou com a contribuição de diversos profissionais espalhados pelo globo. Um dos diretores, Barney Lankester-Owen, aproveitou para comentar sobre o desafio que teve na montagem ao tentar construir uma obra harmônica com todo o material recebido. 

O montador de A marcha dos elefantes brancos, Tiago Marinho, revelou as dificuldades que teve ao trabalhar no projeto, que contou com uma equipe espalhada por diferentes países. Problemas como as diferenças de fuso horário, por exemplo, eram constantes.

Laura Colucci e Neil Brandt, ambos produtores de A marcha..., falaram sobre a mídia. Colucci sublinhou a importância dos registros dos meios de comunicação independentes e comentou o quanto a documentação audiovisual do jornal A Nova Democracia foi importante para a produção do documentário. Já Brandt deu sua impressão sobre o ponto comum entre os dois títulos: o embate entre as mídias independente e institucional.  

Susanna Lira explicou que tanto o filme quanto o aplicativo para celular de mapeamento de mobilizações sociais baseado no documentário já estão disponíveis na internet. Concluindo, a diretora comentou que ambos os médias trazem uma sensação de esperança. Uma esperança estimulante, que surge ao se observar os jovens idealizando e participando das manifestações. Por fim, Lira disse acreditar que nenhuma das lutas mostradas nessas narrativas foi travada em vão.

Texto: Pedro Alves




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