Publicado em 24/05/2015

A seleção francesa dentro do Festival de Cannes este ano era mesmo suculenta: apenas na competição oficial, cinco dos 19 títulos eram de lá, e outro nomes de peso da cinematografia do país estiveram presentes em mostras paralelas. Então não foi de surpreender que nada menos que três desses filmes tenham saído premiados, inclusive um deles com a Palma de Ouro. Dheepan, de Jacques Audiard (que já estivera em Cannes com seus filmes anteriores, O profeta e Ferrugem e osso), marca a quarta Palma de Ouro para a França numa espaço de sete anos, depois de um hiato de 21 anos – os outros três vencedores recentes foram Entre os muros da escola, Amor e Azul é a cor mais quente.

Mas Dheepan, uma drama sobre refugiados do Sri Lanka que fingem ser uma família para sobreviver em um subúrbio de Paris, não figurava entre os mais cotados nas listas de jornalistas que cobriam o festival. Muitos apostavam que a Palma iria para o húngaro Son of Saul, de László Nemes, que acabou levando o Grande Prêmio do Júri, espécie de medalha de prata do festival.

E a França continuou a marcar presença nas categorias de melhor ator e atriz: Vincent Lyndon, protagonista de La loi du marché, levou o prêmio, enquanto Emmanuelle Bercot, de Mon roi, empatou como melhor atriz com a norte-americana Rooney Mara, por Carol. Bercot também apresentou seu mais recente filme como diretora, La tete haute, na sessão de abertura do festival.

The Assassin, um dos títulos mais comentados da competição, rendeu ao mestre Hou Hsiao-Hsien o prêmio de melhor direção, marcando a única láurea para um filme asiático este ano, que também tiveram forte presença na seleção.

Outros premiados foram The Lobster (Prêmio do Júri) e Chronic (melhor roteiro). A lista completa você encontra no site do Festival de Cannes.




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