Festa latino-americana para Felipe Hirsch Estreia de Severina, filme produzido por Rodrigo Teixeira, tem um elenco de atores argentinos, chilenos, brasileiros e uruguaios, para interpretar a história de um autor guatemalteco.
A estreia de Severina no Festival do Rio foi uma festa latino-americana no melhor estilo, numa das salas do Cinépolis Lagoon. Reuniu atores argentinos, chilenos e brasileiros, em torno da história de um autor guatemalteco, Rodrigo Rey Rosa, com direção do brasileiro Felipe Hirsch, numa produção brasileira assinada por Rodrigo Teixeira.
Lá estavam atores do filme como os argentinos Carla Quevedo e Javier Drolas. Entre os convidados para a festa, muitos atores brasileiros, como Patricia Pilar, Julia Lemmertz, Guilherme Weber, Eduardo Moscovis, entre outros.
O filme conta a história de um livreiro, que se apaixona por uma leitora, frequentadora de sua livraria. Trata-se de uma história de amor cercada de muito mistério, mal-entendidos, muitas leituras e citações de prosa e poesia latino-americana. Severina é um filme delicado e emocionante que fala de uma América Latina prestes a se extinguir: aquela das livrarias de rua, dos recitais de poesia, dos saraus de leitura. Na estreia, o filme foi apresentado pelo diretor e sua equipe, além da presença da diretora do Festival do Rio.
_ Severina me tocou muito. O filme consegue a mágica de reunir o olhar do teatro, da literatura e do cinema para falar da relação com os nossos irmãos latinos. É um filme emocionante, com um diretor de enorme sensibilidade artística como Felipe Hirsch, e um produtor criativo que não tem medo de arriscar e que já mostrou seu talento em diversos filmes, como Rodrigo Teixeira _ disse Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio.
Ela chamou ao palco o produtor e o diretor do filme.
- Primeiro queria dizer que Felipe Hirsch é um grande parceiro, tive um enorme prazer de trabalhar com ele nos últimos quatro anos. Nesta busca de um encontro com a América Latina, Felipe encontrou um autor guatemalteco, filmado no Uruguai, com atores argentinos e chilenos, uma produção brasileira. Severina é um filme latino-americano, que tem um diretor de fotografia português. E foi para nós muito importante fazer essa troca entre o cinema brasileiro e o cinema dos nossos vizinhos latinos _ afirmou o produtor Rodrigo Teixeira.
O filme chegou ao Rio depois de passar pelo Festival de Locarno, na Itália. É o segundo longa-metragem de Hirsch, que lançou Insolação, feito em parceria com Daniela Thomas, em 2009. Quando subiu ao palco do Cinépolis Lagoon 5, Felipe Hirsch explicou que Severina faz parte de um projeto bem maior do que o filme.
- Severina foi um projeto longo, que começou em 2013 e faz parte de um plano maior de trabalhar com literatura latino-americana que inclui peças de teatro, uma minissérie que ainda está inédita e a outros trabalhos que virão. Era um desejo meu de conhecer melhor a América Latina, entender melhor a cultura latino-americana, da qual a gente faz parte. Eu conheci o autor da história do filme Severina, Rodrigo Rey Rosa através do Rodrigo Ferreira, o produtor do filme. Rey Rosa é um autor muito amado e admirado por escritores famosos, como Roberto Bolaño, como Paul Bowles, que foi seu tradutor para o inglês. Trabalhar com a literatura de muita delicadeza de Rodrigo Rey Rosa foi um grande prazer e um privilégio. Eu ganhei uma nova família no Uruguai e trabalhamos com uma equipe incrivel _ comentou Felipe Hirsch.
Para saber mais sobre o filme e os horários de exibição:
Severina, de Felipe Hirsch. Brasil. Ficção, 103min.
A vida de um livreiro, melancólico e aspirante a escritor, é abalada por uma enigmática mulher que rouba em sua livraria. Logo ele se enreda no mistério de um amor delirante e obsessivo. Este filme é uma sondagem do efeito alienante do amor e do poder libertador do perdão. Baseado na obra de Rodrigo Rey Rosa. Seleção Oficial do Festival de Locarno 2017.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/severina
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