Publicado em 19/08/2024


Sudoeste, de Eduardo Nunes, tem direção de fotografia de Mauro Pinheiro Jr. — Foto: divulgação/Vitrine Filmes

Há exatos 185 anos, no dia 19 de agosto de 1839, o inventor francês Louis Daguerre apresentou publicamente, com pompa e circunstância, os resultados de sua mais bem sucedida criação: o daguerreótipo, máquina que revolucionou o processo fotográfico.

Daguerre não foi o único revindicar a “paternidade” da fotografia e nem o primeiro a inventar uma máquina precursora do processo fotográfico, mas a exibição do daguerreótipo no Institut de France, em Paris, deixou um impacto na comunidade científica europeia e foi escolhida para marcar as comemorações do Dia Internacional da Fotografia, celebrado nesta segunda-feira, 19/8.

Leia também: No Dia Nacional do Documentário Brasileiro, relembre os vencedores do prêmio de melhor documentário no Festival do Rio

Sem os avanços tecnológicos e artísticos da fotografia no século XIX, os irmãos Lumière não teriam revolucionado a arte narrativa ao sequenciar imagens fixas para criar a ilusão da imagem em movimento e assim dar o pontapé inicial no cinema tal qual o conhecemos. 

Fotografia e cinema compartilham uma série de conceitos comuns relativos às suas linguagens visuais, como a atenção ao enquadramento, iluminação, profundidade de campo e composição. No dia a dia do fazer cinematográfico, o profissional que atual na direção de fotografia é responsável por impulsionar a potência de uma narrativa ao criar uma identidade visual própria para cada projeto.


Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, tem direção de fotografia de Heloísa Passos — Foto: divulgação/Espaço Filmes

No Festival do Rio, o Troféu Redentor de Melhor Fotografia é concedido desde a edição de 2009, quando Heloísa Passos se tornou a primeira pessoa a ser premiada nesta categoria por seus trabalhos em Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, e em O Amor Segundo B. Schianberg, de Beto Brant.

Além de ser a vencedora pioneira da categoria, Passos também é a única pessoa que venceu o referido prêmio duas vezes. Em 2016, a fotógrafa, cineasta e documentarista ganhou o Troféu Redentor de melhor fotografia por Mulher do Pai, de Cristiane Oliveira. Naquele ano, o prêmio foi dividido entre Passos e Fernando Lockett, de Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos.

A seguir, relembre todos os filmes que venceram o Troféu Redentor de Melhor Fotografia.

  • Sem Coração, de Tião e Nara Normande
    Direção de fotografia: Evgenia Alexandrova
    Festival do Rio 2023


  • Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta
    Direção de fotografia: Joana Pimenta
    Festival do Rio 2022


  • Casa Vazia, de Giovani Borba
    Direção de fotografia: Ivo Lopes Araújo
    Festival do Rio 2021




  • As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra
    Direção de fotografia: Rui Poças
    Festival do Rio 2017



  • Boi Neon, de Gabriel Mascaro
    Direção de fotografia: Diego Garcia
    Festival do Rio 2015


  • Obra, de Gregorio Graziosi
    Direção de fotografia: André Brandão
    Festival do Rio 2014


  • Quase Samba, de Ricardo Targino
    Direção de fotografia: Pedro Urano
    Festival do Rio 2013


  • Disparos, de Juliana Reis
    Direção de fotografia: Gustavo Hadba
    Festival do Rio 2012


  • Mãe e Filha, de Petrus Cariry, e Sudoeste, de Eduardo Nunes (empate) 
    Direção de fotografia: Petrus Cariry (Mãe e Filha) e Mauro Pinheiro Jr. (Sudoeste)
    Festival do Rio 2011


  • Boca, de Flavio Frederico
    Direção de fotografia: Adrian Teijido
    Festival do Rio 2010


  • Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, e O Amor Segundo B. Schianberg, de Beto Brant
    Direção de fotografia: Heloísa Passos, em ambos os filmes
    Festival do Rio 2009



Voltar