Conclave, elogiado thriller sobre a sucessão papal estrelado por Ralph Fiennes, será a Gala de Encerramento Internacional do Festival do Rio 2024 Longa-metragem traz a direção de Edward Berger, realizador austro-suíço responsável por Nada de Novo no Front (2022), vencedor do Oscar de melhor filme internacional
Conclave, de Edward Berger - Foto: divulgação/Diamond Films
Conclave, longa-metragem que traz um estrelado elenco capitaneado por Ralph Fiennes, será o filme da Gala de Encerramento Internacional da 26ª edição do Festival do Rio, que acontece entre os dias 3 a 13 de outubro. Com direção de Edward Berger, o filme será distribuído no Brasil pela Diamond Films.
"Conclave é o encerramento perfeito para o Festival do Rio, um evento que reúne uma seleção de filmes de altíssimo nível e oferece algo para todos os perfis de público", comenta Vinicius Pagin, diretor-geral da Diamond Films Brasil. “O festival não só celebra o cinema, mas também aponta as tendências que dominarão o cenário cinematográfico nos próximos meses. Nós, da Diamond Films, estamos honrados com essa parceria e entusiasmados para que o público tenha a oportunidade de assistir a Conclave e entender por que ele já está sendo cotado como um forte candidato ao Oscar.”
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O drama com fortes tintas de thriller psicológico acompanha as intrigas e disputas de poder que tomam conta do Vaticano durante a sucessão papal. A trama acompanha o Cardeal Lawrence (Fiennes), que fica encarregado de supervisionar o processo de escolha do novo Sumo Pontífice após a morte inesperada de um carismático papa. A reunião a portas fechadas de proeminentes líderes católicos de todo o mundo faz com que os salões do Vaticano se tornem o palco de um arriscado enredo de conspirações, disputas de ego e ambições que podem abalar o futuro da Igreja.
Conclave, de Edward Berger - Foto: divulgação/Diamond Films
Além da presença de Fiennes, que tem sido apontado pela imprensa especializada como um dos nomes que pode conquistar uma indicação ao Oscar de atuação em 2025, o elenco traz nomes consagrados como Stanley Tucci, John Lithgow, Isabella Rossellini e Sergio Castellitto. Conclave foi exibido na mostra Special Presentations do Festival de Toronto deste ano e disputa o prêmio principal no Festival de San Sebastián, que anunciará seus vencedores no próximo sábado (28).
O longa-metragem traz a direção de Edward Berger, realizador austro-suíço nascido na Alemanha responsável pelo celebrado filme anti-guerra Nada de Novo no Front (2022), que venceu quatro estatuetas no Oscar, incluindo a de melhor filme internacional. O roteiro de Conclave é assinado por Peter Straughan, indicado ao Oscar por O Espião Que Sabia Demais (2011), que adapta o elogiado romance de mesmo nome escrito pelo romancista inglês Robert Harris.
Em entrevista para o site Deadline, o diretor Edward Berger explicou que decidiu assumir a direção de Conclave por querer explorar novos desafios e evitar repetir-se após o sucesso de Nada de Novo no Front. Enquanto seu filme anterior tinha muita ação, pouquíssimos diálogos e um elenco formado por novos talentos, Conclave é impulsionado por diálogos inteligentes e intensos e uma equipe de atores consagrada.
Conclave, de Edward Berger - Foto: divulgação/Diamond Films
Segundo crítica publicada no jornal britânico The Guardian, os diálogos são um dos pontos fortes do filme, engajando o público com conversas "fluidas" e "dinâmicas". O diretor também foi elogiado por extrair performances marcantes de seu elenco. "Ele conduz uma série de grandes atuações além de Fiennes, incluindo um Lithgow maravilhosamente imponente e um Tucci que vai se desmoronando aos poucos, com espaço para uma Isabella Rossellini que rouba a cena como uma freira observadora", pontua o crítico Benjamin Lee.
Berger considera que o clima de polarização no Vaticano que ele retrata em Conclave reflete questões enfrentadas por toda a sociedade. "O que realmente me interessou foram as disputas de poder que se desenrolam por trás dos bastidores", avaliou o diretor. "Essa é uma história que pode acontecer em qualquer lugar. Seja numa reunião de negócios, na política ou até na disputa por uma vaga no time de futebol, a essência é sempre a mesma. É por isso que acredito que, no final, essa é uma história sobre lutas universais."
Conclave, de Edward Berger - Foto: divulgação/Diamond Films
Em entrevista para a revista Vanity Fair, Berger falou mais sobre os dilemas internos enfrentados pelo personagem de Fiennes em Conclave. "Ele se vê em uma crise de fé — [o filme] é basicamente a história de um homem reservado cercado por outros que disputam o poder, enquanto ele tenta redescobrir sua fé" diz o diretor, que elogiou o empenho do protagonista durante sua pesquisa para o personagem. "[Fiennes] foi extremamente dedicado ao aprender italiano e latim, ele queria ser o mais preciso possível. Ele se orgulhou muito disso, e também do seu ofício. Ele queria chegar à verdade."
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