Publicado em 13/10/2017

Nesta quinta-feira (12), no Cine Odeon, foi exibido o filme Como é cruel viver assim, que concorre na competição da Première Brasil de melhor longa de ficção. O filme conta a história de Vladimir, Clívia, Regina e Primo, quatro inexperientes no crime que resolvem sequestrar um milionário.

O roteirista Fernando Ceylão contou que escreveu a primeira versão do texto para teatro aos 16 anos e fez diversas versões até chegar ao que foi para a tela. Segundo ele, o texto final tem muita influência de Nelson Rodrigues.

Para a diretora Julia Rezende, o filme é um retrato da crise que o país passa hoje. “Todos os personagens são sem perspectiva. São pessoas que não tem emprego, não tem esperança e de repente resolvem fazer qualquer coisa para se sentirem respeitadas”, diz Júlia.

O jornalista e crítico de cinema Luiz Carlos Merten, que estava mediando o debate, perguntou a ela sobre como é trabalhar com a família, tendo a mãe como produtora, a irmã como montadora, e o marido sendo parte do elenco. “A gente está sempre junto e falando de cinema. O almoço de domingo é sempre em torno dos filmes que a gente está pensando, escrevendo e filmando”, respondeu Julia. A produtora Mariza Leão, mãe da diretora completou: “Sobrevivemos discordando, concordando e amando”.

Também estavam presentes o fotógrafo Dante Belluti, e os atores Fabíula Nascimento, Debora Lamm e Marcelo Valle.




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