A paixão pelo futebol em pauta no Cine Encontro Mesa em torno do documentário Fla x Flu atraiu um público participativo
O diretor lembrou que a ideia não era fazer um filme didático, mas sim um documentário sobre paixão. Colocou ainda que as entrevistas não almejavam atingir uma imparcialidade, motivo pelo qual os personagens surgem com as camisas de seus respectivos times.
O produtor Marcos Araújo contou que a gênese do projeto se deu com a ideia de prestar uma homenagem a essa rivalidade futebolística por conta do centenário do confronto, que ocorreu em 2012. Destacou também a importância da parceria estabelecida com as diretorias de ambos os clubes e a Rede Globo. “Foi bem difícil agradar todo mundo, mas acho que a gente conseguiu”, disse.
Questionada pelo mediador (o jornalista Mario Abbade) sobre a escolha dos personagens, a produtora Carolina Benevides contou um pouco do processo de pesquisa, que envolveu anúncios de jornal, buscas na internet e até mesmo a confecção de um cartaz que atraísse a atenção dos passantes no Largo da Carioca. Benevides falou ainda do caráter absorvente da pesquisa: “Eu entrava num táxi e já perguntava para o taxista: “Algum Fla x Flu marcou a sua vida?”, revelou.
A montadora Jordana Berg apontou que a intenção da edição era reproduzir a rivalidade tematizada no filme. Falou ainda que atingir o equilíbrio entre os depoimentos e as imagens relativas a cada um dos times foi difícil, mas que o fato de ela e o diretor torcerem para clubes diferentes ajudou. “Eu sou flamenguista e ele é, como eu digo, fluminensista”, disse, bem-humorada. Renato Terra, por sua vez, elogiou a sensibilidade da montadora, com quem já havia trabalhado no longa Uma noite em 67, de 2010.Ao fim da conversa, o produtor informou que o documentário entra em cartaz nos cinemas no fim deste mês, e convidou a todos para ampliarem a divulgação.
Texto: Maria Caú
Fotos: Viviane Laprovita
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