A inovação da animação encontra o ativismo Debate com diretora Angela Zoe e equipe do documentário Henfil traz temas políticos
O atual cenário político brasileiro foi bastante citado durante toda a conversa. O mediador Arnaldo Branco começou o debate perguntando como a equipe acreditava que seria a realidade hoje, caso Henfil estivesse vivo. Para Marcos Souza, Henfil e seus dois irmãos, Betinho e Chico Mário “certamente estariam combatendo com ternura e inteligência que eles tinham. Certamente a gente estaria bem mais amparado hoje”.
Para o público presente, o documentário inova ao trazer conteúdo de arquivo como entrevistas, vídeos em super 8 gravados pelo próprio Henfil em suas viagens, cartas que o personagem trocava com familiares simultaneamente a uma espécie de reality show com alunos de um curso de animação que estão aprendendo sobre o cartunista e pretendem realizar uma animação com seus personagens. Sobre isso, a diretora Angela Zoe afirma que sua intenção ao misturar essas linguagens era “trazer o pai e o filho para o cinema juntos”.
Da plateia, a primeira pessoa a falar não trouxe uma pergunta, mas sim uma observação: “Precisamos de mais filmes encabeçados por mulheres”. Sua fala foi seguida de muitos aplausos. Ao final do debate, a atriz e diretora Ruth Escobar, falecida na última semana, foi lembrada por Ivan Souza. Ela chegou a dirigir uma das peças teatrais escritas por Henfil.
Texto de Milena Terra
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