Com clássicos do cinema nacional, mostra A Cinemateca é Brasileira chega ao Festival do Rio Mostra em parceria com a Cinemateca Brasileira reúne cinco clássicos restaurados de diferentes fases e estilos do cinema brasileiro.
Instituição responsável pela preservação das obras audiovisuais nacionais e a difusão da cultura cinematográfica do país, a Cinemateca Brasileira participa do Festival do Rio 2023 trazendo para o público a mostra itinerante A Cinemateca é Brasileira, com cinco filmes restaurados de diferentes fases e estilos do cinema brasileiro, do realismo poético urbano de Cinco Vezes Favela (1962), obra em episódios considerada um dos pilares do Cinema Novo, ao documentário épico Cabra Marcado para Morrer (1984), que abrange a história de um filme interrompido durante a ditadura militar no Nordeste rural do Brasil.
A mostra inclui também Macunaíma (1969), uma revisão alegórica da obra homônima de Mário de Andrade, presta homenagem aos 70 anos do sucesso internacional O Cangaceiro (1953) e desvenda os primórdios da dura poesia concreta paulistana com a exibição de São Paulo: A Sinfonia da Metrópole (1929).
Sobre a Cinemateca Brasileira
A Cinemateca Brasileira é o maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivos de Filmes – FIAF. Inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte de São Paulo, tornou-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando de seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Salles Gomes. Atualmente gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, ela guarda mais de 40 mil títulos e vastos documentos sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica no país.
Conheça os filmes da mostra A Cinemateca é Brasileira
Cinco Vezes Favela (1962), de Marcos Farias, Miguel Borges, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e Leon Hirszman
Cinco curtas-metragens dirigidos por cinco cineastas brasileiros distintos, que narram as histórias de personagens que moram nas favelas do Rio de Janeiro. Episódios: Um Favelado, de Marcos Farias; Zé da Cachorra, de Miguel Borges; Couro de Gato, de Joaquim Pedro de Andrade; Escola de Samba, Alegria de Viver, de Cacá Diegues; e Pedreira de São Diogo, de Leon Hirszman.
O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto
O bando de cangaceiros do capitão Gaudino semeia o terror pela Caatinga nordestina. Num de seus ataques, ele rapta a professora Olívia, mas ele e seu braço direito, o valente Teodoro, ficam atraídos pela bela cativa e a discórdia se instaura no bando. Vencedor do prêmio de Melhor Filme de Aventura e de Menção Especial pela trilha sonora de Gabriel Migliori no Festival de Cannes 1953.
Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho
Em 1962, João Pedro Teixeira, líder da Liga Camponesa de Sapé, na Paraíba, é assassinado por ordem de latifundiários. Um filme sobre a sua vida começa a ser rodado por Eduardo Coutinho em 1964, usando os próprios camponeses na reconstituição ficcional da ação política que levou ao crime. As filmagens são interrompidas pelo golpe militar. Dezessete anos depois, em 1981, Coutinho retoma o projeto à procura de Elizabeth Teixeira, viúva de João, e dos outros participantes da produção abandonada. Prêmio FIPRESCI no Festival de Berlim de 1985.
Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de AndradeAs aventuras de Macunaíma, o anti-herói preguiçoso, mulherengo e sem nenhum caráter. Ele nasce negro no Sertão, mas vira branco. Vai para a cidade com os irmãos e se envolve com prostitutas, guerrilheiras, policiais e milionários. Enfrenta todo tipo de gente em sua jornada imprevisível. Inspirado no romance homônimo de Mário de Andrade.
São Paulo: A Sinfonia da Metrópole (1929), de Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny
A cidade de São Paulo registrada no final da década de 1920. Urbanismo, moda, esportes, monumentos públicos, industrialização, fatos históricos, expansão do café, educação e o burburinho do cotidiano. Inspirado no clássico Berlim – Sinfonia da Cidade (1927), do cineasta alemão Walter Ruttmann.
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O Festival do Rio é apresentado pelo Ministério da Cultura, Shell e Prefeitura do Rio. Tem patrocínio master da Shell através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio especial da Prefeitura do Rio – por meio da RioFilme, órgão que integra a Secretaria Municipal de Cultura e apoio FIRJAN. Realização: Cinema do Rio e Ministério da Cultura / Governo Federal.
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