Publicado em 05/10/2016

Representantes do novíssimo cinema mundial estarão reunidos na Mostra Expectativa do Festival do Rio 2016. Na programação, 30 filmes de jovens diretores, muitos deles exibidos nos principais festivais do mundo. São produções dos Estados Unidos e Canadá, Europa (Portugal, Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo, Itália, Alemanha, Áustria, Noruega e Romênia), Egito, Turquia, Tunísia, Líbano, Arábia Saldita, Emirados Árabes, Qatar e Coréia do Sul.

Em Souvenir, do diretor Bavi Defurne, a atriz Isabelle Huppert vive uma esquecida cantora do Eurovision Song Contest de 1970, que trabalha anônima em uma fábrica de patê. O encontro com um aspirante a boxeador pode levá-la de volta ao palcos e à fama.

O livro “O crime de Lorde Arthur Savile”, de Oscar Wilde, chega às telas em Damocles (França), do diretor Manuel Schapira. E a vida de Thérèse Clerc, militante membro do Movimento de Libertação do Aborto e Contracepção na virada do Maio de 68, ganha um documentário póstumo no filme As vidas de Thérèse (França), do diretor Sébastien Lifshitz.

Primeiro filme do diretor e ator Matt Ross, Capitão Fantástico, participou do Festival Sundance e ainda recebeu o prêmio da mostra Um Certo Olhar de Cannes em 2016. O longa-metragem é protagonizado por Viggo Mortensen.

Outro destaque da mostra é Baden Baden, da diretora estreante Rachel Lang. Exibido na Mostra Fórum do Festival de Berlim 2016, o longa traz a história de Ana, que volta para sua cidade natal, Estrasburgo. Em meio a um verão escaldante, ela vai entrar em contato com o seu passado e tentar dar um jeito em sua vida.

A seleção também engloba filmes que participaram da Semana da Crítica, de Cannes 2016: Album de família (Turquia), do diretor Mehmet Can Mertoğlu; e Os bons tempos chegarão em breve (Itália/França), de Alessandro Comodin.

Vencedor do prêmio de melhor diretor no BAFICI 2016, o egípcio Tamer El Said apresenta na Mostra Expectativa Nos últimos dias da cidade (Egito/Alemanha / Reino Unido / Emirados Árabes Unidos). O longa-metragem, exibido no Festival de Berlim, mostra um diretor tentando capturar a essência da cidade do Cairo através de um filme.

O tema do autismo tem um filme muito elogiado pela crítica especializada americana: Vida, animada (Life, animated), de Roger Ross Williams, um diretor já premiado com o Oscar, acompanha a vida de Owen Suskind, desde os tempos de menino, quando não conseguia se comunicar, até a família descobrir o seu modo muito particular e surpreendente de se expressar.

Confira a programação completa e programe seus filmes da Mostra Expectativa:

A dama de Baco (Jug-yeo-ju-neun Yeo-ja, dir. E J-yong, Coreia do Sul)

Youn So-young é uma das muitas senhoras coreanas que, para evitar a mendicância, passam as tardes no parque Jongmyo vendendo Baco, uma espécie de refrigerante energético de muito sucesso na Coreia do Sul. Apesar da idade avançada, Youn, bem como muitas outras senhoras, não oferece apenas a bebida, mas também serviços sexuais. Quando a mãe do pequeno Min-ho é presa, So-young assume os cuidados do menino. Ele, que só fala filipino, vai conhecer um mundo novo ao lado de sua "nova mãe" e seus melhores amigos: uma vizinha transexual e um jovem de uma perna só. Festival de Berlim 2016.


Album de família (Albüm, dir. Mehmet Can Mertoğlu, Turquia)

Bahar e Cüneyt são um típico casal de classe média. Para completar o quadro de "família perfeita" que eles se empenham em pintar, falta apenas um filho. Mas o processo de adoção costuma ser longo. Agora, a chegada do bebê adotivo parece enfim uma questão de tempo e, além do enxoval, eles precisam preparar um álbum de fotos que dê conta do período da falsa gravidez. Apenas assim - acreditam eles - a criança será capaz de amá-los biologicamente. O plano parece perfeito, até o dia em que o casal descobre que a adoção está registrada nos arquivos da polícia. Semana da Crítica, Cannes 2016.


Antes das ruas (Avant les Rues, dir. Chloé Leriche, Canadá)

O jovem Shawnouk mata um homem durante um assalto e foge para a floresta, decidido a voltar para aldeia Atikamekw, onde nasceu. O retorno é marcado por uma série de rituais de purificação. O fogo, as árvores milenares e a música de seus antepassados ajudarão Shawnouk a enfrentar seu maior desafio: o confronto consigo mesmo. Com um elenco composto por atores não profissionais que vivem e trabalham nas aldeias onde o longa foi rodado, o filme se torna um verdadeiro tratado sobre as péssimas condições em que vivem as comunidades indígenas nos arredores do Quebec. Berlim 2016.


Ator Martinez (Actor Martinez, dir. Nathan Silver, Mike Ott, Estados Unidos)

Entrar para o show business não é fácil, mas ser um ator em Denver é mais difícil ainda - sobretudo quando se tem uma rotina massacrante como técnico de computadores. Para realizar seu sonho, Arthur Martinez contrata dois cineastas independentes para registrarem sua vida e, consequentemente, transformá-lo em uma estrela. No entanto, em pouco tempo fica claro que acompanhá-lo em sua prática de tai chi ou filmá-lo interagindo com o grupo de teatro local não será sufiente para sustentar uma trama cinematográfica. Arthur é real ou está atuando? Será tudo uma performance afinal? Tribeca 2016.


As vidas de Thérèse (Les Vies de Thérèse, dir. Sébastien Lifshitz, França)

Documentário póstumo sobre Thérèse Clerc, uma das mais famosas militantes de seu tempo. Membro do Movimento de Libertação do Aborto e Contracepção na virada do Maio de 68, ela sempre esteve na linha de frente das batalhas por pautas progressistas, como a igualdade entre homens e mulheres e os direitos dos homossexuais. Ela acaba de saber que sofre de uma doença incurável e decide revisitar sua inspiradora trajetória pela última vez. Um olhar lúcido sobre suas batalhas e todo o amor que surgiu a partir delas. Quinzena dos Realizadores, Festival de Cannes 2016.


Assim que abro meus olhos (À peine j'ouvre les yeux, dir. Leyla Bouzid, França/Tunísia/Bélgica)

Túnis, verão de 2010, poucos meses antes da revolução. Farah tem 18 anos e está recém-formada, mas sua família já a vê como uma futura médica. Ela, no entanto, não pensa da mesma forma e tem como atividade preferida cantar em uma banda de rock engajada, com músicas que abordam temas políticos. Seu único plano no momento é aproveitar a vida intensamente, beber, descobrir amores e sua própria cidade durante a noite. Tudo isso contra a vontade de sua mãe Hayet, uma mulher que conhece muito bem a Tunísia e os seus perigos. Melhor filme no Venice Days, Festival de Veneza 2015.


Baden Baden (dir. Rachel Lang, Bélgica/França)

Após ser destratada por uma atriz de sucesso e por um produtor, Ana, 26 anos, abandona o set do filme em que trabalha para retornar a Estrasburgo, sua cidade natal. Durante o verão escaldante, ela decide fazer uma pequena reforma no banheiro da avó, comer ervilhas e cenoura com catchup, dirigir um Porshe, comer ameixas, dormir com sua melhor amiga, perder sua carteira de motorista e voltar com seu ex-namorado. Um verão singular onde Ana tentará dar um jeito na sua vida. Mostra Fórum do Festival de Berlim 2016.


Barakah com Barakah (Barakah yoqabil Barakah, dir. Mahmoud Sabbagh, Arábia Saudita)

Ele, um funcionário do aeroporto de Jidá, nasceu em uma família humilde, para dizer o mínimo. Ela tem uma beleza selvagem e é filha adotiva de um casal rico ainda abalado pela falta de um filho biológico. Ele também é ator em uma companhia de teatro amador e se prepara para encenar Hamlet. Ela trabalha na elegante boutique de sua mãe adotiva e tem um vlog de sucesso na internet. O destino os une em um ambiente hostil para qualquer namoro. Mas eles são criativos e burlarão a seu modo a patrulha religiosa e tradicional que rege a sociedade saudita. Prêmio do Júri Ecumênico, Berlim 2016.


Capitão Fantástico (Captain Fantastic, dir. Matt Ross, Estados Unidos)

Nas profundezas de uma floresta no noroeste do Pacífico, isolado da sociedade, Ben, um pai devoto, dedicou sua vida a transformar seus seis filhos em adultos extraordinários. Quando uma tragédia atinge a família, eles são obrigados a deixar este paraíso idealizado e começar uma viagem ao mundo exterior. Uma aventura que desafiará suas ideias sobre família e coletividade, forçando-os a relativizar tudo o que lhes foi ensinado até agora. Será Ben o melhor ou o pior pai do mundo? Com Viggo Mortensen. Sundance e prêmio de melhor diretor na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes 2016.


Damocles (dir. Manuel Schapira, França)

Solteiros convictos e acumuladores de aventuras inconsequentes, Paul e Hélène têm 30 e poucos anos e dividem um apartamento em Paris. Na noite de seu aniversário, Hélène convida o primo cujo passatempo preferido é ler o futuro de seus amigos. Segundo ele, Paul em breve se apaixonará, mas também cometerá um crime. Paul não acredita na clarividência, mas as coisas mudam no dia que ele conhece a bela Camille. Será que a profecia irá enfim se realizar? Uma comédia agridoce sobre o medo de se relacionar. Adaptação da obra O crime de Lorde Arthur Savile, de Oscar Wilde.


Destruction babies (Disutorakushon beibîzu, dir. Mariko Tetsuya, Japão)

Na pequena e entediante Mitsuhama, uma cidade portuária no Japão, os irmãos Taira e Shouta, abandonados por seus pais, vivem sozinhos em um estaleiro junto ao mar. Taira é viciado em luta e vive metido em brigas com outros estudantes da região. Quando ele perde uma briga e é espancado, prefere deixar a cidade a ter que conviver com a derrota. Enquanto Shouta procura por pistas do irmão, Taira começa uma jornada violenta pelas ruas da cidade, em busca de novos rivais, sempre impulsionado por sua obsessão pela vitória. Ele deixará um dia de lutar? Festival de Locarno 2016.


Dois amantes e um urso (Two Lovers and a Bear, dir. Kim Nguyen, Canadá)

Estamos em Great North, uma moderna cidade próxima ao Polo Norte, onde cerca de 200 pessoas vivem a uma temperatura média de 50 graus negativos, cercados por uma imensidão branca onde todos os caminhos levam a lugar nenhum. É nessa paisagem lunar e estranha que Lucy e Roman, duas jovens almas atormentadas, se apaixonam. Mas agora fantasmas do passado de Lucy voltam a assombrá-la e ela precisa fugir. Juntos, eles terão que se arriscar em uma nova aventura, uma jornada pela neve que será, no fim das contas, uma viagem para dentro de si mesmos. Quinzena dos Realizadores, Cannes 2016.


E Donald chorou (Donald Cried, dir. Kristopher Avedisian, Estados Unidos)

Peter deixou para trás sua vida de proletário em Rhode Island para se reinventar como um engomadinho em Wall Street. Quando sua avó morre, 15 anos mais tarde, ele é forçado a voltar à casa onde cresceu. Chegando no auge do inverno, Peter sabe que não terá um dia fácil, mas as coisas pioram quando ele perde sua carteira. Sozinho, parece não ter outra saída se não pedir ajuda a seu ex-amigo de infância Donald Treebeck. Donald continua o mesmo sujeito da época do Ensino Médio, e, o que começa como um simples favor, acaba por se tornar uma longa viagem de van pelo passado. Locarno 2016.


Essa sensação (Esa Sensación, dir. Julián Génisson, Juan Cavestany, Pablo Hernando, Espanha)

Um vírus que causa comportamento impróprio, fazendo com que o infectado diga coisas que não diria normalmente. Uma mulher que se relaciona patologicamente com objetos inanimados da cidade. Um homem que segue seu pai pelas ruas em busca de um segredo. Três diretores (entre eles Juan Cavestany, de Pessoas em lugares) contam três histórias, aparentemente sem conexões diretas, sobre o amor, a fé e a vontade humana. Um filme coletivo e um retrato realista da Espanha com um verniz de estranhamento. Festival de Roterdã e BAFICI 2016.


Mister Universo (dir. Tizza Covi, Rainer Frimmel, Áustria/Itália)

Tairo é domador de leões e vive feliz entre caravanas de circo, ao lado de sua namorada acrobata. Apesar da aparência corpulenta, ele esconde uma personalidade sensível e verdadeiramente gentil. Depois de perder seu amuleto da sorte, o superticioso jovem sai em uma odisseia picaresca por toda a Itália em busca do homem que o presenteou com o objeto anos atrás: um ex-halterofilista de circo. Trabalhando no limiar entre a ficção e o documentário, esta aventura se ambienta em um mundo mágico, onde a imaginação se une à realidade. Festivais de Locarno e Toronto, 2016.


No escuro do cinema descalço os sapatos (dir. Cláudia Varejão, Portugal)

A Companhia Nacional de Bailado de Portugal comemora quatro décadas de existência. Na sua gênese está a interpretação dos grandes clássicos e o acolhimento permanente de criações contemporâneas. O cotidiano é rigoroso para bailarinos, coreógrafos, músicos, instrutores, costureiras, técnicos de luz, som e toda uma vasta equipe que permite que a dança percorra as salas de ensaio e se alongue pelos corredores até chegar ao palco. Este filme acompanha não só as criações e estreias da companhia, mas sobretudo o trabalho silencioso e estrutural de cada bailarino.


Nos últimos dias da cidade (Akher ayam el madina, dir. Tamer El Said, Egito/ Alemanha / Reino
Unido/ Emirados Árabes Unidos)

Khalid está lutando para realizar um filme sobre a sua cidade. Ele procura um apartamento com pé direito alto, encontra com a mulher que amou minutos antes dela partir pra sempre, visita sua mãe no hospital, abraça amigos e grava imagens de seu filho, despedindo-se de uma cidade que muito em breve se tornará irreconhecível. No inverno de 2009, o Cairo está prestes a explodir, mesmo que ninguém ainda saiba disso. O mal-estar se transformará em incerteza, enquanto uma estranha nostalgia pelo o futuro toma conta da praça Tahir. Festival de Berlim e melhor diretor no BAFICI 2016.


Os bons tempos chegarão em breve (I Tempi Felici Verranno Presto, dir. Alessandro Comodin, Itália/França)

Tommaro e Arturo estão em fuga e se escondem em uma floresta remota. Eles caçam para conseguir sobreviver. Anos mais tarde, a floresta é infestada por lobos. É aqui que surge a enigmática Ariane. Será que a famosa lenda do vale se refere a ela? A razão de Ariane se aventurar pela floresta permanece um mistério. Nunca mais nada foi descoberto e todos contam a mesma história de uma forma diferente, mas todos concordam que Ariane certamente encontrou com lobos muito mais vezes do que a história conta. Do mesmo diretor de O verão de Giacomo. Semana da Crítica, Cannes 2016.


O Grande Dia (Le grand jour, dir. Pascal Plisson, França)

Um dia na vida de quatro crianças e adolescentes ao redor do mundo. Alberto, de 11 anos, se prepara para uma grande luta de boxe em Cuba. Nidhi, 16, está dando duro para conseguir uma vaga em uma prestigiada universidade de engenharia da Índia. Deegii, 11 anos, está ensaiando para o tão aguardado teste na mais importante escola de contorcionismo da Mongólia, enquanto Tom Ssekabira, 19, sonha em se tornar um guarda florestal em Uganda, para proteger e estudar macacos. Pelos quatro cantos do mundo, meninos e meninas se lançam em um mesmo desafio: ir atrás de seus sonhos e paixões.


O intermediário (Fixeur, dir. Adrian Sitaru, Romênia/França)

O romeno Radu Patro é estagiário em uma prestigiada agência de notícias francesa. Fazendo as vezes de tradutor ou resolvendo problemas em geral, ele trabalha como produtor de pauta para jornalistas já veteranos enquanto espera sua grande oportunidade. Quando duas prostitutas romenas menores de idade são expulsas da França, o episódio se transforma em um escândalo internacional. Fazendo usos de seus contatos locais e enfim trabalhando em sua língua-mãe, Radu fará o possível para entrevistar as garotas, sem imaginar o quão nebuloso é o território em que está se metendo. Festival de Toronto 2016.


O monstro no armário (Closet Monster, dir. Stephen Dunn, Canadá)

A infância de Oscar foi profundamente marcada por dois episódios distintos: a separação de seus pais e o testemunho de um traumático crime de ódio que o levou a reprimir a sua então emergente sexualidade. Hoje, o adolescente solitário é atormentado por fantasias sangrentas e tem como único conforto observar a particular sabedoria de Buffy, seu hamster de estimação. Quando a linha entre a fantasia e a realidade começa a se diluir, a amizade com um belo - e tatuado - colega de trabalho enche Oscar de confiança para recuperar sua identidade. Melhor filme canadense no Festival de Toronto 2015.


Orelhas (Orecchie, dir. Alessandro Aronadio, Itália)

Um homem acorda uma manhã com um irritante ruído em seu ouvido. Um bilhete na geladeira diz: "Seu amigo Luigi está morto. PS: Eu levei o carro." O problema é que ele não faz a mais remota ideia de quem seja Luigi. E assim começa um tragicômico dia durante o qual ele será lançado em um mundo louco, incompreensível e ameaçador - um desses dias que deixam marcas para sempre. Uma jornada por uma Roma em preto e branco onde um homem sem nome busca compor uma imagem de si mesmo. Exibido na mostra Biennale College do Festival de Veneza 2016.


Posto-avançado do progresso (dir. Hugo Vieira da Silva, Portugal)

Dois oficiais da colônia portuguesa chegam a um remoto posto de negociação de marfim no Congo. Seus brilhantes uniformes brancos os identifica não só como corpos estranhos na selva, mas também como fantasmas aos olhos dos nativos. Eles têm como missão fazer com que o mercado local de marfim volte a fluir após a morte do ex-chefe da estação. No entanto, os trabalhadores locais não parecem estar interessados em colaborar. Perdidos entre farras alcoólicas, músicas e um surto de malária, eles não têm escapatória. Todos sabemos que a história se repete como farsa. Berlim 2016.

Souvenir (dir. Bavo Defurne, Bélgica/Luxemburgo/França)

Liliane é uma inócua funcionária de uma fábrica de patê. Tranquila e nada ambiciosa, ela é uma empregada modelo feliz, que toca sua repetitiva e maçante rotina de trabalho sem maiores atropelos. Um dia, um novo funcionário se junta à equipe. Jean surge como um sopro de ar fresco no dia a dia da fabrica e, intrigada com Liliane, quer logo virar seu amigo. Ele não acredita que ela seja quem diz ser e tem certeza que já a viu na televisão quando era mais jovem. Liliane nega, mas com o tempo o reencontro com seu passado se torna inevitável. Com Isabelle Huppert. Festival de Toronto 2016.


Spa night (dir. Andrew Ahn, Estados Unidos)

O jovem coreano-americano David Cho vive no limiar entre a curiosidade da adolescência e a vida adulta. Quando o restaurante de seu pai fecha, a tensão em casa aumenta e ele se vê obrigado a arrumar um emprego. David finge ir às aulas, mas secretamente aceita um emprego em um spa coreano. Em sua nova vida paralela, ele lutará para conciliar suas obrigações como filho de uma tradicional família asiática e seu crescente desejo por homens em meio ao universo das saunas coreanas em Los Angeles. Prêmio Especial do Júri para o ator Joe Seo no Sundance Film Festival 2016.



Tomcat (dir. Kater Händl Klaus, Áustria)

Andreas e Stefan levam uma vida feliz. Na companhia de seu amado gato Moses, eles vivem em uma bela e antiga casa numa região de vinhedos em Viena, na Áustria. Além da vida familiar, eles compartilham o círculo de amizade e o ambiente de trabalho: uma orquestra onde um atua como músico e o outro como programador. Porém, uma inesperada e inexplicável explosão de violência abala o relacionamento dos dois, colocando em risco tudo o que construíram juntos. Com suas limitações expostas, eles agora serão obrigados a encarar o ponto cego que existe em todos nós. Festival de Berlim 2016.



Tramps (dir. Adam Leon, Estados Unidos)

Danny vive com sua mãe e seu irmão Darren em Nova York. Quando Darren é preso por contravenção em Atlantic City, Danny precisa substituí-lo em um negócio escuso. Ele não sabe quase nada sobre a missão, apenas que precisa entrar em um determinado carro, que o levará até certo ponto, e buscar uma mala de conteúdo sigiloso. Mas Danny pega a mala errada e logo ele e sua motorista, a bela e antipática Ellie, vão perambular pelo subúrbio para tentar solucionar o golpe fracassado, tudo com apenas 9 dólares e um bilhete de metrô na carteira. Festival de Toronto 2016.

Um grande plano (Film Kteer Kbeer, dir. Mir-Jean Bou Chaaya, Líbano/Qatar)

Jad está prestes a deixar a prisão após ter sido preso por um crime cometido por seu irmão cinco anos atrás. Desde então, Ziad, o irmão, deixou para trás seus negócios relacionados ao tráfico de drogas para começar um novo capítulo em sua vida. No entanto, seus planos são prejudicados por uma mudança inesperada nos acontecimentos e ele se vê envolvido em uma megaoperação de contrabando internacional de anfetamina. Em liberdade, Jad está disposto a participar desta última operação ao lado do irmão antes de abandonar o mundo do narcotráfico, e traça um plano infalível. Toronto 2015.


Uma criada para cada uma (Makhdoumin, dir. Maher Abi Samra, Líbano/França/Noruega/Emirados Árabes Unidos)

Com uma população estimada em 4 milhões de habitantes, o Líbano conta com 200 mil estrangeiros trabalhando como empregados domésticos, pessoas em um regime análogo à escravidão com seus direitos básicos violados diariamente. Implementado desde o início da guerra civil, este regime encara seus trabalhadores como mercadorias que, muitas vezes, são importadas em verdadeiros "navios negreiros" do século XXI. Com uma câmera discreta e cuidadosa, o diretor acompanha a rotina de um desses ambientes de trabalho, revelando mais um retrato complexo da realidade contemporânea. Berlim 2016.



Vida, animada (Life, Animated, dir. Roger Ross Williams, Estados Unidos/França)

Aos três anos, Owen Suskind ainda não sabia falar. Qualquer forma de comunicação havia sido comprometida por um autismo que parecia condená-lo ao silêncio. As coisas mudaram no dia que Owen ganhou um papagaio de pelúcia, mais precisamente um Iago, personagem do filme Alladin. Prontamente o menino começou a recitar falas inteiras do filme, trazendo à tona um registro linguístico e afetivo até então desconhecido. Um documentário sobre a inspiradora história do jovem que encontrou nos clássicos da Disney uma forma de se comunicar com o mundo. Prêmio de melhor direção em Sundance 2016.





Voltar

Edição 2023